sábado, 3 de agosto de 2013

Aprendendo a construir pontes


Conta uma história que certa vez, dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida trabalhando lado a lado, repartindo as ferramentas e cuidando um do outro. O que começou com um pequeno mal entendido, finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.
    Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta. Ao abri-la, notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro em sua mão. "Estou procurando por trabalho", disse ele. "Talvez você tenha um pequeno serviço aqui e ali. Posso ajudá-lo?" "Sim", disse o fazendeiro. "Claro que tenho trabalho para você. Veja aquela fazenda além riacho. É de meu vizinho. Na realidade, é do meu irmão mais novo. Brigamos muito e não posso suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira perto do celeiro? Quero que você construa uma cerca bem alta ao longo do rio para que eu não precise vê-lo. "Acho que entendo a situação", disse o carpinteiro. "Mostre-me onde estão a pá e os pregos que certamente farei um trabalho que lhe deixarei satisfeito".
    Como precisava ir a cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partiu. O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia medindo, cortando e pregando. Já anoitecia quando terminou sua obra, ao mesmo tempo que o fazendeiro retornava. Porém seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia qualquer cerca! Em seu lugar estava uma ponte que ligava um lado do riacho ao outro. Era realmente um belo trabalho, mas, enfurecido, exclamou: "Você é muito insolente em construir esta ponte após tudo que lhe contei!".
    No entanto, as surpresas não haviam terminado. Ao erguer seus olhos para a ponte mais uma vez, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo com seus braços abertos. Cada um dos irmãos permaneceu imóvel de seu lado do rio, quando, num só impulso, correram um na direção do outro, abraçando-se e chorando no meio da ponte. Emocionados, viram o carpinteiro arrumando suas ferramentas e partindo. "Não espere!", disse o mais velho. "Fique conosco mais alguns dias. Tenho muitos outros projetos para você". E o carpinteiro respondeu: "Adoraria ficar, mas tenho muitas outras pontes para construir".

    E você que está lendo este artigo agora? São pontes restauradoras de amor e perdão ou cercas de amarguras e inimizades que você tem construído? A Palavra de Deus diz que há bençãos excelentes para serem derramadas sobre as vidas que aprenderam o valor da união e promovem a paz (Mateus 5:9). A inimizade, a contenda, a ofensa, etc, podem fechar os céus sobre a cabeça de uma pessoa, quando esta é ofendida ou magoada e não consegue perdoar seu ofensor. Embora a maioria das pessoas recitem: "Pai nosso.....perdoa nossas dívidas, assim como nós perdoamos os nossos devedores" (Mateus 6:12), são poucos os que realmente vivem estas palavras. Muitas vezes o perdão se torna um grande desafio e a falta de perdão um peso sobre a vida daquele que não consegue perdoar. É bom lembrar que "perdoar não é esquecer" e sim "lembrar-se e não sofrer". A verdade é que só sabe perdoar aquele que foi perdoado. Em relação a nossa "dívida" com Deus (Romanos 3:23), foi muito grande o perdão que recebemos através de Jesus Cristo, na cruz do calvário (Romanos 6:23). Em suma, se não sei perdoar, não receberei perdão! Talvez você diga: "Não fui eu quem errei. Porque deverei perdoar? Olhe para Jesus na cruz! Não foi Ele que errou, mas é Ele que libera o perdão dizendo: "eles não sabem o que fazem". Se você abrir agora mesmo o seu coração para Jesus, "O grande perdão de Deus", Ele encherá o seu coração de amor e você saberá, na força d’Ele, perdoar e amar aqueles que estão ao seu redor.

Autor desconhecido

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